“Sempre me impressionei bastante por ver que os professores me perguntavam se tinha dúvidas e se estava tudo bem.”
“Sempre me impressionei bastante por ver que os professores me perguntavam se tinha dúvidas e se estava tudo bem.” A Leonor Centeno acaba de se licenciar em Comunicação e Jornalismo na Universidade Lusófona e dirigiu uma carta à Direção do Curso agradecendo aos professores que a acompanharam durante três anos. Agora, autorizou que a partilhássemos convosco. Muito obrigada, Leonor! Lê aqui o seu testemunho:
«Soube que terminei o curso esta semana e não pude deixar de pensar o quanto devo aos meus fantásticos professores.
“Na faculdade, os professores não sabem da tua existência, nem querem saber dos teus problemas. Se tiveres dúvidas eles vão mandar-te estudar mais e se tentares debater, eles vão chumbar-te” era assim que muitos me diziam que ia ser o ensino na faculdade. Aliás, é assim que ainda muitos colegas meus de outros cursos vêem a faculdade e os professores.
Eu, felizmente, não passei por essa experiência negativa ou dramática. Sempre me impressionei bastante por ver que os professores me perguntavam se tinha dúvidas e se estava tudo bem. Inicialmente, ficava baralhada porque sempre esperei que me tratassem como apenas mais uma na lista de alunos. Ao invés disso, notava que havia uma enorme preocupação e um acolhimento extraordinário por parte dos mestres. Ora, essas pequenas atitudes fazem com que um aluno queira ser melhor e dar mais de si para corresponder às expectativas de quem nos acolhe e ensina. Eu costumo dizer que para se ser professor é preciso ter paciência, saber ensinar, ouvir e estar disposto a ajudar os alunos. Essa inter-relação faz com que o desempenho da turma seja maior e com que haja uma predisposição do aluno para evoluir.
Quero agradecer ao professor de História, pela sua boa disposição nas aulas e sempre predisposto a tirar duvidas; ao professor Fernando Correia, pela sua constante preocupação com o progresso dos alunos; à professora Carla Martins, que desde sempre transformava as suas aulas num lar onde os debates ganhavam vida e a sua alegria era contagiante; ao professor Daniel Cruzeiro, que entrava sempre cheio de energia nas aulas e contagiava a participação e curiosidade na matéria; ao professor Jorge Amorim, que tinha uma tremenda paciência para os seus alunos irrequietos e ainda assim os ajudava; ao professor Carlos Pessoa, que desde o início contagiava a alegria das suas aulas e fazia-nos perder a vergonha ajudando-nos a participar; ao professor Carlos Andrade, que nos ensinou que os erros são lições de vida e nunca um fracasso; ao professor Mésicles, que era capaz de ouvir-nos repetir as histórias vezes sem conta e sempre com um sorriso amigável no rosto; à professora Helena de Jornalismo de Ciência, que nos deu uma segunda oportunidade para sermos melhores porque não duvidou das nossas capacidades; ao querido professor Mário Mesquita, que deixava o cansaço na porta da faculdade e trazia sempre um óptimo humor e um riso contagiante; ao professor José Pinto, que tinha uma paciência inesgotável e ainda se dava ao trabalho de nos puxar para cima quando todos suspiravam; à professora de Jornalismo Cultural, que sempre foi uma jóia de pessoa e estava sempre a incentivar a participação nas aulas; à professora Garrido, que me deu conselhos e me fez ver que pequenas quedas fazem parte da vida; à professora Isabel Meirelles, que transformava as aulas mais interessantes com jogos de aprendizagem; ao professor Antero, que era um bem disposto e fazia-nos rir e aprender ao mesmo tempo; à professora e coordenadora Carla Cardoso que tratava dos alunos como se fossem família procurando sempre orientar-nos no melhor caminho. E a todos os outros professores, um muito obrigada!
Espero que nunca percam essas fantásticas qualidades que tanto me marcaram. São essas pequenas atitudes que mudam a vida de muitos alunos.
Obrigado a todos, vou sentir saudades.
Leonor»