Alunos da Universidade desenvolveram conjunto de actividades com os utentes da associação APPACDM
A fotografia desempenha diversas funções e, se mostrar ou documentar são das mais evidentes, não deixa, no entanto, de se tratar de uma técnica – ou, melhor, de um conjunto de técnicas – cuja plasticidade potencia situações de aprendizagem. Usada como instrumento de inclusão social, serve para gerar contextos de encontro e de partilha, para estabelecer elos de ligação.
Foi neste sentido que os alunos finalistas da Licenciatura de Fotografia da Universidade Lusófona se empenharam num projecto desenvolvido na cadeira Fotografia e Comunidade: durante um semestre propuseram e desenvolveram um conjunto de actividades com os utentes da associação APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental). Procuraram dar voz a uma comunidade específica, tendo em vista uma descentralização da produção de conteúdos de formação, evidenciaram o protagonismo de novos agentes na construção das suas próprias narrativas, a partir de memórias, experiências e desejos. O objetivo foi o de intervir de forma activa num contexto sócio-cultural distinto, através de actividades que entrelaçam a fotografia e outras linguagens na perspectiva do fortalecimento da autoestima, abrindo-se um espaço vivencial de descoberta e partilha.
Os resultados das diversas actividades foram compiladas num livro de artista, oferecido à Associação e, desse exemplar (único) surge a ideia da presente edição (múltipla). Produzida no contexto da disciplina Edição e Publicação em Fotografia, na qual os alunos são desafiados a pensar e explorar formas de apresentar os seus trabalhos, procura registar e revelar aquilo que foi realizado com a APPADCM.
Veja o livro aqui e visite a exposição, que estará patente no Museu de São Roque até ao dia 22 de agosto.